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Tireoide e Gestação – Campanha 2019

 

‘Tireoide e Gestação’ é o tema escolhido este ano pelo Depto. de  Tireoide da SBEM para chamar atenção sobre a importância desta glândula.

Várias ações estão sendo feitas por todo Brasil, e aqui traremos sempre as novidades de São Paulo capital, interior e litoral.

Apresentações, panfletagem e orientações fazem parte desta grande campanha. Na nossa fanpage do Facebook é possível ver fotos de algumas destas ações: www.facebook.com/sbem.saopaulo

 

Vamos agora entender melhor sobre o tema?

A tireoide é uma glândula que fica na base do pescoço, na região anterior, e produz dois hormônios: a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esses hormônios são essenciais para a saúde da mãe e do feto na gestação.

  • No início da gestação, há o desenvolvimento neurológico do bebê e isso depende de níveis adequados de hormônios tireoidianos.
  • Enquanto a tireoide do feto não está totalmente formada (o início se dá a partir da 8a semana de gestação) – ele depende totalmente do hormônio materno.
  • Na mãe, as disfunções da tireoide podem alterar a pressão arterial e aumentar o risco de abortos e partos prematuros.

 

Durante a gravidez ocorrem modificações importantes no organismo e especialmente no funcionamento da glândula tireoide. 

A paciente que sabe possuir  disfunções na tireoide deve informar seu médico logo que descobrir a gestação ou, melhor ainda, informar com antecedência a intenção de engravidar, para que as doses dos medicamentos sejam devidamente ajustadas. Com o ajuste e acompanhamento adequados, pode-se reduzir o risco de complicações para a mãe e o bebê.

 

ESCLARECENDO DÚVIDAS

HIPOtireoidismo

Se o hipotireoidismo não estiver adequadamente compensado, tem o  o risco de  complicações para a mãe e para o bebê.

Nesse período, pode haver necessidade de doses mais elevadas de hormônios tireoidianos. Se for o caso, o médico fará o ajuste da dose de reposição do hormônio tireoidiano já antes da gravidez ou logo no início desta.

Nunca se deve suspender ou modificar a dose da levotiroxina durante a gestação ou amamentação sem a orientação de um endocrinologista de sua confiança. Ela é segura e necessária.

HIPERtireoidismo

No hipertireoidismo, o excesso de hormônios tireoidianos também pode levar a complicações para a mãe e o bebê.

Portanto, durante a gestação, pode ser necessário ajustar a dose do medicamento ou, às vezes, trocá-lo por outro mais seguro para esse período. O médico é quem poderá avaliar cada caso.

Caso tenha sido feito tratamento prévio para hipertireoidismo com iodo radioativo, deve-se idealmente aguardar pelo menos seis meses antes de engravidar.

 

NÓDULOS DE TIREOIDE

Geralmente os nódulos descobertos durante a gestação não necessitam de investigação até o parto. O médico poderá informar melhor sobre a conduta mais adequada.

 

Mulheres em risco para disfunções tireoidianas na gestação

  • Já ter apresentado, no passado, algum problema na tireoide ou ter anticorpos anti-tireoidianos no exame de sangue.
  • Com  sinais ou sintomas que sugerem problemas na tireoide, tais como: cansaço, rouquidão, pele seca, alterações no funcionamento do intestino, maior intolerância para o frio ou para o calor que o habitual, entre outros sintomas.
  • Apresentar aumento da tireoide visível ou palpável.
  • Ter mais de 30 anos de idade.
  • Ter feito radiação ou cirurgia no pescoço previamente.
  • Ser portador do diabetes tipo 1 ou outra doença autoimune, como vitiligo, artrite reumatoide, lúpus, entre outras.
  • Ter história de perda fetal, parto prematuro ou infertilidade.
  • Duas ou mais gestações no passado .
  • Com história familiar de doença tireoidiana ou doenças autoimunes.
  • Ter obesidade.
  • Ter usado recentemente amiodarona, lítio, contrastes iodados ou medicações contendo iodo.
  • Morar numa região onde sabidamente há carência de iodo.

 

O pós-parto

O fato de a mãe ter doença da tireoide não quer dizer que o bebê também a terá. Mas é importante o acompanhamento da mãe também após o parto em conjunto com o bebê, que será avaliado por um pediatra, para poder identificar com antecedência qualquer alteração no recém-nascido. Por isso é muito importante fazer o teste do pezinho. 

A amamentação não é contraindicada e deve ser estimulada para mulheres em tratamento de hipotireoidismo. Mulheres com hipertireoidismo, mesmo em tratamento, também podem amamentar com orientação do médico.

É importante que a mãe com doença tireoidiana seja reavaliada no segundo mês após o parto. Para tanto, deve retornar ao médico nesse período para que ele solicite os exames necessários.

 

FONTE: Folder de divulgação da Campanha Tireoide e Gestação do Deptº de Tireoide da SBEM Nacional.