Considerada um pré-hormônio, a vitamina D apresenta papel crucial na regulação do cálcio no organismo e, consequentemente, na saúde óssea. Mas, se a falta dela pode trazer problemas, as superdosagens também podem apresentar sérios riscos à saúde. “A hipercalcemia, ou seja, o excesso de cálcio pode gerar perda da função renal e calculose renal. A hipervitaminose D também leva à perda óssea, pois pode induzir ao aumento da atividade osteoclástica”, alerta Dr. Sergio Setsuo Maeda, diretor da SBEM-SP.
De acordo com posicionamento oficial da entidade, ficam definidos como valor de 20 ng/mL (nanogramas por mililitro) de suplementação de vitamina D para a população geral. Abaixo desse valor, há deficiência. Para indivíduos com fatores de risco, os valores mantidos devem ser entre 30 e 60 ng/mL. Tais recomendações são baseadas nas evidências científicas disponíveis na literatura atual sobre a vitamina D.
Entre os indíviduos dos grupos de risco estão: idosos, gestantes, lactantes, pacientes com raquitismo/osteomalácia, osteoporose, pacientes com história de quedas e fraturas, causas secundárias de osteoporose (doenças e medicações), hiperparatiroidismo, doenças inflamatórias, doenças autoimunes, doença renal crônica e síndromes de má absorção (clínicas ou pós-cirúrgicas, como a bariátrica);
“Quando a dosagem é acima de 100 ng/mL, estamos falando de hipervitaminose, ou seja, doses elevadas de Vitamina D”, explica Dr. Maeda. Nesses casos, há risco de toxicidade e hipercalcemia, quando a taxa de cálcio no sangue está acima da considerada normal, e cujos sintomas podem ser fadiga, fraqueza muscular, náuseas e até anorexia e desidratação. A hipercalcemia é a desordem metabólica mais comumente associada ao câncer. “Esperamos que esses valores definidos sirvam como guia na melhor recomendação clínica baseada nas evidências atuais”, finaliza Dr. Maeda.