“Quando o corpo recebe os sinais que damos a ele, simplesmente ele os interpreta. Se você levar uma vida sedentária, por exemplo, seu corpo vai entender que você não precisa de osso, de músculo, que o coração não precisa bater tão forte, ou seja, que você pode ficar mais fraco, não precisa ser forte. E isso favorece aumento do peso, risco de fratura óssea, doença cardíaca, diabetes, câncer entre outras complicações”, alerta Dr. Thiago Fraga Napoli, endocrinologista da SBEM-SP.
O contrário também é verdadeiro. Quando o indivíduo pratica atividade física regular e com planejamento, o que caracteriza o exercício físico, há uma variedade de benefícios, tais como:
- Menor risco de diabetes;
- Menor risco de obesidade;
- Aumento da função cardiovascular;
- Redução do risco de câncer;
- Perda da aceleração do declínio cognitivo;
- Ajuda no combate a hábitos tabagistas;
- Liberação de endorfina, que ajuda a combater estresse, ansiedade e depressão;
- Fortalecimento da saúde óssea com menor risco de fraturas com o passar da idade.
“Pelo menos 150 minutos de exercício físico por semana é o mínimo ideal. Para perder peso é preciso gastar energia, mais do que se come. E o corpo, após uma perda, passa a gastar menos energia, além de aumentar sua fome – ele não entende a perda como saúde e tenta recuperar o que perdeu. Por isso, você precisa do exercício físico para contrabalancear essa redução do gasto, além de proporcionar prazer e ajudar no controle da fome”, explica o endocrinologista.
Para os pacientes com obesidade, é importante que, mesmo com o isolamento social e as academias fechadas, mantenham a atividade física diária: andar dentro de casa, no quintal, na garagem, contar número de passos (há aplicativos que ajudam nisso) e evitar comprar os alimentos tipo “de conforto” (doces, chocolates, frituras…), que estão restritos na dieta estabelecida com o médico, são estratégias para manutenção da perda de peso.