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O tratamento da disfunção tireoidiana no idoso: cuidado!

As principais disfunções tireoidianas que afetam o idoso são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, que podem estar relacionadas a outras doenças endócrinas e metabólicas, tais como o Diabetes mellitus. “Mas esse paciente merece atenção diferenciada, uma vez que o diagnóstico deve ser realizado com mais cautela, pois os valores superiores de normalidade para o TSH, o exame mais frequentemente utilizado para avaliar a função tireoidiana, podem variar em função da idade”, explica a Dra. Glaucia Mazeto, endocrinologista da SBEM-SP.

O idoso deve receber tratamento tanto para o hipo como o hipertireoidismo. No caso da disfunção subclínica, o hipertireoidismo que se mantém ao longo do tempo deve ser tratado. Já o tratamento do hipotireoidismo subclínico costuma ser indicado quando as concentrações sanguíneas de TSH encontram-se acima de 10 mUI/L  (miliunidades internacionais por litro de sangue).

“O tratamento do hipotireoidismo é realizado com levotiroxina. Já o hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos, radioiodo ou cirurgia, dependendo da causa da disfunção, assim como das condições clínicas e preferência do paciente”, explica a médica.

No Brasil, existem relatos de frequências de 2% a 6% e de 6,5% a 20% para os hipotireoidismos manifesto e subclínico, respectivamente. Já o hipertireoidismo é menos frequente, havendo relatos do quadro manifesto em 0,7% a 1,5%  e do subclínico em 0,7% a 2,4% dos idosos.

As disfunções tireoidianas são frequentes no mundo todo, com diferentes estudos tendo encontrado frequências variáveis de hipotireoidismo e hipertireoidismo, dependendo da região geográfica avaliada e de fatores relacionados ao paciente, tais como faixa etária, gênero, presença de comorbidades associadas, assim como relativos à gravidade da disfunção.