A SBEM, a Associação para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alertam para os riscos do uso de medicamentos falsificados e orientam os pacientes a redobrarem os cuidados na compra de remédios.
Recentemente, houve um aumento significativo de relatos sobre falsificações, especialmente de canetas de aplicação de Ozempic® (semaglutida). Também têm sido observadas ofertas de aplicações em clínicas e manipulação de medicamentos contendo tirzepatida – medicação que ainda não está disponível no Brasil, comercializada mundialmente sob a marca Mounjaro®.
O uso de medicamentos falsificados pode resultar em graves danos à saúde, incluindo reações adversas inesperadas, e exposição a substâncias perigosas que não passaram por controle de qualidade. Outra ameaça é a da ineficácia do tratamento e, nesse sentido, remédios falsificados comprometem o manejo adequado de doenças crônicas como o diabetes, colocando a vida dos pacientes em risco.
As entidades reforçam a necessidade de adquirir medicamentos apenas em estabelecimentos de total confiança, como farmácias físicas reconhecidas e plataformas de e-commerce com certificado de autorização de venda. A Anvisa mantém uma lista atualizada de farmácias online autorizadas a comercializar medicamentos. Além desse cuidado, os pacientes devem sempre verificar a origem e a embalagem do produto antes de utilizá-lo.
É importante ressaltar que a semaglutida é comercializada no Brasil em três apresentações:
- Ozempic®: canetas para aplicação subcutânea de 0,5 mg e 1,0 mg;
- Wegovy®: canetas para aplicação subcutânea de 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg, 1,7 mg e 2,4 mg;
- Rybelsus®: comprimidos para uso via oral de 3,0 mg, 7,0 mg e 14 mg.
Já a tirzepatida ainda não é comercializada no país e suas apresentações incluem canetas de utilização única, canetas multidose descartáveis e frascos com doses de 2,5 mg, 5,0 mg, 7,5 mg, 10 mg, 12,5 mg e 15 mg. Todas as apresentações da tirzepatida são para aplicação por via subcutânea.
Por se tratar de produtos com vigência de patente, não há disponibilidade regular de semaglutida nem de tirzepatida biossimilar ou em apresentações diferentes das citadas.
A SBEM, a Abeso e a SBD recomendam que pacientes e profissionais de saúde fiquem atentos à procedência dos produtos e denunciem qualquer suspeita de falsificação aos órgãos competentes.
Paulo Augusto C. Miranda – presidente da SBEM
Bruno Halpern – presidente da ABESO
Ruy Lyra da Silva Filho – presidente da SBD
Fonte: SBEM Nacional