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Diabetes mal controlado? A pele sofre!

  • Endocrinologista explica por que a pele perde a sensibilidade
  • A lipodistrofia pode acometer pessoas com diabetes tipo 1

 

“O maior órgão do corpo humano, a pele, também pode sofrer as consequências do diabetes mal controlado. Essa relação se dá porque a glicemia alta prejudica a irrigação dos vasos pequenos que nutrem a pele”, explica Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP).

Ela conta que a principal complicação do diabetes é um processo inflamatório nos vasos. Uma vez comprometidos, a nutrição da pele fica prejudicada. Já os nervos é quem dão a sensibilidade. Se o nervo estiver embebido de glicose, ou seja, se o diabetes está descompensado por muito tempo, a função do nervo fica diminuída e a pele é um dos principais receptores das funções dos nervos.

Assim, vai diminuindo a capacidade de sensibilidade da pele e, com o tempo, a pessoa pode sentir formigamento, dor até perder a sensibilidade por completo. “Pessoas que têm a glicemia descompensada por muito tempo por falta de controle podem até sofrer lesões na pele sem sentir dor e, quando percebem, a lesão já está comprometida. Esse comprometimento dos nervos causado pelo diabetes é o que chamamos de neuropatia”, comenta a endocrinologista.

Pés e pernas são as primeiras regiões do corpo que perdem a sensibilidade por causa da neuropatia, mas essa complicação também pode acometer outras partes do corpo. Por isso, segundo a médica, “além de fazer o controle da glicemia é importante estar atento às sensações da pele”.

A pessoa com diabetes deve manter os pés sempre hidratados e fazer um autoexame para detectar possíveis ferimentos que passaram despercebidos. A glicemia descompensada também pode causar maior proliferação de fungos na pele, causando as frieiras e micoses, já que a pele estará mais seca e atrófica.

Uma alteração que pode acontecer na pele de quem tem diabetes tipo 1 e aplica insulina todo dia, sem fazer o rodízio da região do corpo para receber esse hormônio, é a lipodistrofia. A agulha da aplicação da insulina vai criando uma inflamação na pele e ocorre um processo de cicatrização diferente, o que diminui a capacidade de absorção adequada da insulina. Nestes casos, aumenta-se o risco de uma hipoglicemia ou de hiperglicemia. “A dica é: faça o rodízio, troque as agulhas em cada aplicação, e isso vai ajudar na saúde da sua pele e no melhor controle glicêmico”, conclui Dra. Denise.

 

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A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais doenças tratadas pelos endocrinologistas.

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