“A resposta é não. Porém, esse bebê gerado por uma gestante que teve diabetes gestacional tem mais riscos de desenvolver hipoglicemia neonatal e obesidade na vida adulta”, explica Dra. Fernanda Bolfi, endocrinologista da SBEM-SP.
O diabetes gestacional é uma intolerância aos carboidratos, diagnosticado pela primeira vez na gestação, que pode ou não persistir após o parto, sendo o distúrbio metabólico mais comum durante a gravidez.
Entre os fatores de risco para o diabetes gestacional, estão:
– Gestação em idade avançada;
– Sobrepeso ou obesidade;
– História familiar com parente de primeiro grau com diabetes;
– Síndrome de ovário policístico;
– Feto com crescimento excessivo durante a gestação;
– Hipertensão ou pré-eclâmpsia.
“Toda gestante deve ser investigada para o diabetes gestacional já no início da gravidez, através da glicemia de jejum”, alerta a endocrinologista.
Tratamento do diabetes gestacional – Em alguns casos, a orientação sobre uma dieta alimentar para que a futura mamãe não ganhe peso excessivo durante a gestação pode ser suficiente. A atividade física, conforme liberação do obstetra, também pode ser indicada. “Mas teremos sempre que monitorar a glicose desta mulher e, se necessário, entrar com a insulina no tratamento, o que acontece nos casos em que apenas a orientação nutricional não surtiu efeito na diminuição dos níveis de glicose no sangue”, explica Dra. Fernanda.
Riscos para o bebê – A grande preocupação da gestante com diabetes gestacional é que seu filho(a) nasça com diabetes. “Isso não acontece, mas há riscos de uma hipoglicemia neonatal – muitas vezes, esses recém-nascidos precisam de internação na UTI – e maiores chances de obesidade na vida adulta. Vale lembrar que, depois do parto, essa gestante terá de fazer um acompanhamento para avaliar se ela terá chances de ter diabetes tipo 2 no futuro”, finaliza Dra. Fernanda.