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Diabetes e obesidade: liraglutida, tirzepatida e semaglutida, qual é melhor?

“Liraglutida, tirzepatida e semaglutida são medicamentos utilizados no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade, mas apresentam diferenças em sua composição, mecanismo de ação, eficácia e frequência de administração. Independentemente de qual seja o medicamento, é essencial que os pacientes sejam acompanhados regularmente por um profissional de saúde para monitorar a resposta ao tratamento, ajustar doses conforme necessário e gerenciar possíveis efeitos colaterais”, explica Dr. Ricardo Barroso, endocrinologista membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP

O médico lista abaixo as principais diferenças entre os fármacos:

  • Liraglutida (Victoza®, Saxenda®) – Agonista do receptor do GLP-1 (glucagon-like peptide-1). Mecanismo de ação: Aumenta a secreção de insulina, reduz a produção de glucagon e retarda o esvaziamento gástrico, promovendo saciedade. Frequência de administração: Aplicação diária por injeção subcutânea. Perda de peso estimada: 5% a 8% do peso corporal com uso prolongado. Indicações: Victoza®: Tratamento do diabetes tipo 2. Saxenda®: Tratamento da obesidade em pacientes com IMC elevado.
  • Semaglutida (Ozempic®, Wegovy®, Rybelsus®) Agonista do receptor do GLP-1 (mais potente que a liraglutida).Mecanismo de ação: Similar à liraglutida, mas com maior duração no organismo, proporcionando melhor controle glicêmico e maior perda de peso. Frequência de administração: Injetável: 1 vez por semana. Oral (Rybelsus): 1 vez ao dia. Perda de peso estimada: 10% a 15% do peso corporal com uso contínuo. Indicações: Ozempic®: Tratamento do diabetes tipo 2. Wegovy®: Tratamento da obesidade. Rybelsus®: Versão oral para diabetes tipo 2.
  • Tirzepatida (Mounjaro®, Zepbound®) – Agonista duplo dos receptores de GLP-1 e GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide). Mecanismo de ação: Além dos efeitos do GLP-1, o GIP potencializa a secreção de insulina e promove maior redução de peso e controle glicêmico. Frequência de administração: 1 vez por semana (injeção subcutânea). Perda de peso estimada: 15% a 22% do peso corporal, tornando-se o medicamento mais potente para obesidade até o momento. Indicações: Mounjaro®: Diabetes tipo 2. Zepbound®: Obesidade e sobrepeso com comorbidades.

Dr. Ricardo explica que não existe uma escolha entre o melhor e o pior e sim aquele que se adequa à condição clínica e à expectativa do paciente: se o objetivo for perda de peso, a tirzepatida e a semaglutida são as opções mais eficazes. Para quem busca controle do diabetes tipo 2, todas podem ser indicadas, mas a escolha depende do perfil do paciente e da resposta ao tratamento.

“Em breve teremos a versão genérica da liraglutida, cujo custo será mais acessível para um maior número de pacientes que necessitam controlar o diabetes tipo 2 e a obesidade. Isso é algo importante para o tratamento destas doenças tão prevalentes”, finaliza o endocrinologista.

Sobre a SBEM-SP

A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais doenças tratadas pelos endocrinologistas.

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