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Ciclo da menstruação influencia o desempenho das atletas profissionais

Embora a Copa do Mundo coloque no centro do gramado os homens, vale lembrar que a cada ano cresce o número de mulheres que também ingressam nessa modalidade esportiva. E os hormônios delas têm importante papel no desempenho atlético, principalmente, durante a menstruação.

“O ciclo menstrual se divide em duas fases: a fase folicular, que antecede a ovulação, e a fase lútea que sucede a ovulação. A fase folicular pode ser dividida em duas subfases: a fase folicular inicial, em que as concentrações de estrógenos e progesterona são baixas, e o meio da fase folicular, em que a concentrações de estrógenos estão elevadas, independentemente da progesterona. A fase lútea tem tipicamente concentrações elevadas de estrógenos e progesterona”, conta Dra. Larissa Garcia Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Estudo publicado no Plos One, em março de 2017, avaliou nove atletas profissionais de futebol feminino, as quais tinham ciclos regulares e não usavam métodos contraceptivos hormonais, com uma  série de testes de performance física em duas fases distintas do ciclo menstrual: fase folicular inicial e meio da fase lútea. O estudo demonstrou que as atletas têm capacidade reduzida de exercícios de endurance (treino aeróbico) durante a fase lútea comparado à fase folicular. Nesse estudo não houve diferenças na capacidade de saltar e sprinting (treino anaeróbico).

Especula-se que uma das causas que levam às diferenças na capacidade de treino aeróbico durante as fases do ciclo estejam relacionadas à regulação da temperatura corporal. “Durante a fase lútea, existe um aumento de 0,3-0,5 graus Celsius atribuído ao pico de progesterona no meio da fase lútea. O aumento da temperatura corporal limita a capacidade de exercício prolongado e aumenta o esforço cardiovascular”, afirma Dra. Larissa.

De acordo com essas observações, a fase folicular é o período que a atleta está mais apta para treinos mais pesados, e diferenças de performance devem levar em consideração a fase do ciclo menstrual.

 

Sobre a SBEM-SP

A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas.

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