– Incidência é maior em mulheres brancas
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A incidência de câncer de tireoide está crescendo consideravelmente, principalmente do carcinoma diferenciado de tireoide, que compreende de 80% a 90% de todos os tipos de câncer nessa região. De acordo com dados norte-americanos, houve, aproximadamente, um aumento de 6% ao ano, entre 1997-2003. Também nos Estados Unidos, durante o período de 1973-2003, registrou-se um aumento maior em brancos do que em negros (150% contra 70%).
“No Brasil, apesar de estatísticas limitadas, o avanço da incidência também tem sido observado. Entre as razões, podemos citar: mais pedidos de exames de imagem, como o ultrassom, mais sensíveis e acessíveis para o diagnóstico de nódulos de tireoide, maior acesso ao sistema de saúde, fatores étnicos, geográficos, alimentares (ingestão de iodo, alimentos bociogênicos), obesidade e fatores químicos (drogas, pesticidas, xenobióticos) e biológicos (vírus, bactérias, inalantes químicos)”, explica Dr. José Augusto Sgarbi, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
De acordo com o especialista, apesar de haver um aumento da incidência da doença, não tem sido observado um crescimento da mortalidade. Isso sugere que a principal razão para a constatação dos índices de crescimento do câncer de tireoide seja o diagnóstico precoce de tumores pequenos e pouco agressivos quando tratados precocemente.
O câncer de tireoide é mais comum entre as mulheres durante a fase reprodutiva, possivelmente em função do papel dos estrógenos como promotores da carcinogênese da tireoide. “Interessante notar que antes da puberdade e após a menopausa, a incidência de câncer no sexo feminino é semelhante ao do sexo masculino”, comenta Dr. Sgarbi.
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