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Hipertensão paroxística é diferente da ‘pressão alta’

“A Hipertensão paroxística é a elevação da pressão arterial de forma abrupta e grave, em geral acompanhada de sintomas como dor de cabeça, palpitação, rubor facial, sudorese intensa, fraqueza e falta de ar e é mais comum em mulheres”, explica a Dra. Lívia Mermejo, endocrinologista da SBEM-SP.

 

Na “pressão alta” ou hipertensão primária, os níveis pressóricos estão sempre elevados e, em geral, os pacientes são assintomáticos, ou seja, não percebem que a pressão está elevada. Entretanto, na hipertensão paroxística, os níveis pressóricos se elevam para valores muito altos repentinamente e são acompanhados de dor de cabeça, palpitação, rubor facial, sudorese intensa, fraqueza e falta de ar. “Os pacientes se sentem muito mal, com uma sensação de ‘morte iminente’ e, depois de um período, essa crise passa e a pressão retorna aos níveis normais”, explica a endocrinologista.

Em casos de hipertensão paroxística, o diagnóstico de feocromocitoma (tumor nas glândulas adrenais) deve sempre ser investigado. Paciente com esse tumor pode apresentar sintomas de hipertensão paroxística, porém também pode estar assintomático. Por isso a investigação de feocromocitoma com a coleta das metanefrinas urinárias na urina ou sangue deve sempre ser feita. “É importante salientar que isso deve ser feito após uma avaliação médica criteriosa para orientação de um preparo antes da coleta, pois medicações e alimentos interferem nessas dosagens”, salienta Dra. Lívia.

Tratamento – No caso de um feocromocitoma, o tratamento é cirúrgico, porém um preparo antes da cirurgia é fundamental para evitar complicações cardiovasculares no perioperatório. Se a hipertensão paroxística for decorrente de outros diagnósticos, o tratamento será feito com anti-hipertensivos e será direcionado para a causa dessa condição clínica.