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01 de Junho: Dia da Conscientização do Hipoparatireoidismo

O hipoparatireoidismo acomete de 20 a 30 pessoas em cada 100 mil, sendo mais comum em mulheres, e uma das causas para o surgimento da doença é a lesão cirúrgica das paratireoides durante a retirada da glândula tireoide.

Entre os sintomas estão: formigamentos na região da boca, mãos ou pés, cãibras, que podem chegar a convulsões, e contrações musculares involuntárias e frequentes. Em geral, estes sintomas aparecem logo após a cirurgia, mas em alguns casos podem levar meses ou anos para aparecer.

Em outros casos mais raros, o hipoparatireoidismo pode acontecer por destruição da glândula por doença autoimune ou por má-formação genética. A presença de catarata ou calcificações cerebrais deve levantar esta suspeita, especialmente quando aparecem em jovens com quadro clínico compatível. As dosagens sanguíneas de cálcio e PTH baixos definem o diagnóstico.

A redução na produção de hormônios pelas glândulas paratireoides, que são responsáveis pela regulação do metabolismo do cálcio e fósforo no organismo, gera desequilíbrio que causa problemas nos músculos, coração e terminações nervosas. “O tratamento padrão é feito com sais de cálcio e vitamina D. Em alguns casos, podemos lançar mão de tiazídicos (fármacos diuréticos) para diminuir a perda urinária de cálcio e necessitar de quelantes de fósforo nos quadros mais graves. É importante ter acompanhamento especializado para monitorar o tratamento e as complicações crônicas da doença”, explica o Dr. Sergio Setsuo Maeda, endocrinologista e presidente da SBEM-SP.

As complicações crônicas do hipoparatireoidismo estão relacionadas à progressão da doença e ao seu tratamento e incluem manifestações renais, oculares, cardiovasculares, ósseas e neuropsiquiátricas.

Endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço elaboraram o Consenso Brasileiro para o Diagnóstico e Tratamento do Hipoparatireoidismo publicado em 2018, que visa educar e instruir os médicos que acompanham esta condição. Ele versa sobre diagnóstico, investigação, tratamento e monitorização das complicações, com uma parte dedicada à esfera cirúrgica. “Esse consenso traz informações atualizadas que vão beneficiar os pacientes, tendo por base as recomendações nele descritas”, conclui Dr. Maeda.