Novo anticorpo monoclonal é a grande esperança para médicos tratarem os pacientes com a doença
“O tratamento com anticorpo monoclonal que bloqueia o receptor de IGF do fibroblastos da órbita é uma das grandes novidades, nos últimos 10 anos, para o tratamento da orbitopatia de Graves”, revela Dr. Adriano Namo Cury, endocrinologista especialista no assunto e membro da comissão científica do 13° Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia, o COPEM, que será de 16 a 18 de maio, em São Paulo, e trará inovações na pesquisa aplicada no dia a dia do consultório.
A orbitopatia de Graves é uma doença de origem autoimune pela ação de anticorpos na musculatura da órbita com consequente inflamação e crescimento desta musculatura e no tecido adiposo, e acomete cerca de 30% a 60% dos pacientes com doença de Graves, normalmente acompanhada do hipertireoidismo, uma disfunção no funcionamento da glândula tireoide fazendo-a produzir hormônios em excesso.
Mais frequente em adultos, a orbitopatia de Graves tem grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e pode ocorrer concomitantemente às disfunções da tireoide. O hipertireoidismo é o mais comum, e o mesmo anticorpo que altera a função tireoidiana tem ação nos tecidos da região orbitária.
Lacrimejamento, vermelhidão, dor ocular ao movimentar os olhos, incômodo à exposição solar e proptose ocular (exoftalmo ou protusão do globo ocular para frente, os chamados ‘olhos saltados’) são alguns dos sinais.
Na fase ativa (inflamatória), o corticoide ainda é a opção terapêutica mais indicada. “Porém, uma das grandes novidades em pesquisa é a possibilidade de tratamento com anticorpos monoclonais, que modulam a inflamação ou transformação da musculatura ou gordura ocular (órbita) com consequente melhora, significativa, na inflamação e na proptose ocular”, explica o endocrinologista.
Embora ainda não esteja liberado para comercialização, pesquisadores preveem que administração do medicamento poderá em breve será uma realidade e com um taxa de resposta precoce: melhora clínica da doença orbitária entre seis ou nove semanas após início do tratamento. “Para a terapia ocular é um grande marco”, conclui Dr. Cury.
“Novas perspectivas para o tratamento da orbitopatia autoimune” faz parte da grade dos simpósios do 13° COPEM, além de outras novidades no tratamento do diabetes, obesidade, tireoide, metabolismo ósseo, endocrinopediatria e neuroendocrinologia.
13° Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia
Quando: De 16 a 18 de maio de 2019
Horário: A partir das 8 horas
Local: Centro de Convenções Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César – São Paulo – SP
Informações: http://www.copem2019.com.br
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